Não Tenho Solução!

Eu sempre fui um pouco distraída mas, com o andar do tempo, fui ficando pior (será da idade?). E às vezes o resultado dos meus despistes chega a resvalar no ridículo.
Ontem, enquanto procurava um documento importante cá em casa, entre as milhares de folhas do meu trabalho, encontrei um envelope branco com o meu primeiro e último nomes manuscritos. Estava aberto, com a aba para dentro. Abro e qual não é o meu espanto que estão €55 lá dentro. Pior: para além de não me lembrar que os tinha, nem sequer sabia a sua origem. Após muito pensar lá me lembrei que foi um pagamento de umas horas que fiz a substituir uma professora num centro de explicações.
Eu não sou a pessoa mais poupada do mundo. Raciono muito bem o meu dinheiro, mas não deixo de comprar algo que goste ou precise. De mimos todos nós gostamos. Também tenho discernimento e, em certos meses, tenho de me conter, em especial quando são meses em que houve mais contas a pagar ou despesas extra. Gosto de ter sempre dinheiro de parte para uma eventualidade, mas... Não me lembrar de €55 é o cúmulo. Não é nenhuma fortuna, mas não são 55 cêntimos! Eu não sobrevalorizo demasiado o dinheiro, mas hoje em dia sabemos o quanto a vida custa e temos de ser cuidadosos. Eu tive uma educação muito boa nesse sentido: ser poupada sim, ser avarenta não! Há que aproveitar! Só se vive uma vez! Não é esbanjar como-se-não-houvesse-amanhã, mas também deixar de ser feliz por algo material que nos rouba um sorriso, não vale a pena.

Como dizia a minha Avó:
Aproveitar é agora. Depois? É tarde demais!

|Imagem - Jessiann Gravel Beland|