Hipermercados

Se há coisinha que eu odeio - mas daquele ódio com paixão - é ir às compras ao hipermercado. Felizmente, e por questões de horários de trabalho e paciência, o S é que faz as compras quase sempre sozinho.

É que só de pensar em ir lá, fico com náuseas. Se tenho jeito para conduzir um automóvel - porque tenho -, os carrinhos dos hipermercados são uma autêntica tortura para mim. É que passo o tempo todo a puxá-los para um dos lados. Mas quem foi o mentiroso que disse que estão feitos para serem conduzidos com uma só mão, hum? Algum maneta, aposto. E os cestos? Se forem dos de mão, bato com eles em todo o lado; se forem dos de rodinhas, bato com eles nos pés.
E depois deixo cair tudo: se for algo que esteja empilhado, é certinho-direitinho que as caixas de baixo caem. E pego sempre no detergente líquido que tem a embalagem suja. E pego sempre na garrafa de azeite gordurosa. E pego sempre no garrafão da água com a pega partida. E pego sempre no pacote de leite abolachado num dos vértices. Até já me aconteceu estar uns dois minutos a escolher a melhor meloa e depois colocá-la num saco sem fundo.
E esqueço sempre de usar os talões de desconto e aproveitar as promoções. E depois não tenho noção nenhuma do que falta porque não faço listas. E claro, se levo carrinho, trago três coisas; se decido levar um cestinho, trago trinta.

Está na hora de começar a comprar tudo online.
Está, está!

|Imagem - Victoria Beckham|